Como a tua casa pode estar a trabalhar contra ti
Neste momento estamos, ainda, em pleno confinamento há já algum tempo….
Podes estar em casa a solo, podes estar em casa a dois, ou podes estar em casa a quatro com mais um cão e um gato como eu 😂. E isto 24h sobre 24h.
Qualquer que seja a tua situação, é uma situação desafiante com certeza.
Estamos, volto a repetir, 24h sobre 24h na mesma casa.
Já pensaste que a tua casa pode estar a drenar a tua energia (e a de todos que a habitam)?
Sim, é verdade.
Por isso torna-se tão importante identificares o que pode estar a consumir a tua energia. Pode ser um canto da sala, a cómoda do quarto, aquela estante que desvias o olhar quando passas por ela, a arrecadação, um armário na cozinha.
Seja o que for, o que está a acontecer é que está aí energia estagnada, que em nada está a contribuir para o fluir da tua vida. Coisas acumuladas trazem a energia do que está inacabado, de problemas que tens para resolver. É como se andasses sempre com um saco às costas, tipo Pai Natal, só que não acartas presentes bons, mas sim presentes envenenados.
Mudei-me há mais ou menos 3 meses. Não sei se já alguma vez fizeste mudanças, acredito que sim e que sabes como é que é desafiante encaixotar e desencaixotar… 99% dos caixotes estão arrumados, mas há ainda 1% que está simplesmente atirado para dentro de um roupeiro porque na altura não era urgente e lá foi ficando.
A verdade é que sempre que abro aquele roupeiro sinto um arrepio a percorrer-me o corpo, sinto-me desconfortável o meu mood fica logo alterado.
(Nota interna: Alda Maria, todos os dias arrumas pelo menos uma coisa, por mais pequenina que seja. Está o compromisso feito!)
Outro exemplo meu que te posso dar, o quanto é importante para mim ter o escritório arrumado.
O escritório é, sem dúvida, o local onde passo mais tempo. Se me descuido é muito fácil começar a ficar desorganizado, com pilhas de papéis, livros espalhados, aquela “coisa” que não sei muito bem onde colocar e “atiro” para o escritório “até encontrar o melhor sitio para a guardar” e quando dou por isso já há várias “coisas” à espera de sítio!
Felizmente, já há algum tempo, que percebi o quanto isso afeta a minha energia e bloqueia o meu trabalho. Por isso, agora, quando começo a ver uma pilha a querer começar a formar-se, dou logo cabo dela.
Quando ainda estava na outra casa, havia fases em que eu não conseguia trabalhar, sentia-me bloqueada, queria produzir, mas não conseguia. Até que chegava o dia em que eu começa numa ponta a arrumar e só acabava quando chegava à outra ponta. Por vezes até alterava a disposição dos móveis. Bem, nem imaginas a lufada de ar fresco que eu sentia dentro de mim e nos dias seguintes o trabalho fluía de uma forma extraordinária.
É incrível como tratar das coisas que consomem a nossa energia melhora não só o nosso bem-estar físico, mas também o nosso bem-estar mental e emocional.
E vou-te dar ainda outra razão para atacares o tal canto da sala, a cómoda do quarto, a estante do corredor, a arrecadação ou armário na cozinha. Abrires as portas ao novo!
Quando tens muitas coisas acumuladas que já não servem a tua vida, não estás a dar espaço para que o novo entre, não estás a dar espaço para que novas oportunidades cheguem à tua vida. Para o novo entrar, o velho tem de sair. Pensa no que é costume fazer-se na passagem de ano: muitas vezes dedicamos algum tempo a definir o que queremos deixar no ano velho e no que queremos acolher no novo ano. É exatamente a mesma coisa. Se continuas agarrada a coisas velhas, que neste momento já não são o espelho de quem tu és e do que queres na tua vida, não estás a dar espaço para que chegue à tua vida aquilo que neste momento queres, não só em termos físicos, mas em termos energéticos também.
“Ó Alda, mas são muitas recordações, de momentos que vivi e que foram bons, não consigo desfazer-me, parece que estou a deitar partes de mim fora…”.
Sim, é verdade. Há determinadas “arrumações” que são mais fáceis que que outras. Mas as perguntas continuam a ser:
– O que queres construir na tua vida AGORA?
– Quem é que tu queres ser AGORA?
– Que tipo de relações queres ter AGORA?
Para construirmos um “novo eu” temos sempre que deixar ir partes do “velho eu”. E está tudo certo!
Volto a perguntar-te: quem queres ser AGORA?! É este o desafio que te deixo.
Reflete sobres estas questões e permite-te abrir as portas ao novo, abrir as portas para criares a vida que queres, uma vida com mais sentido!