“Tu não te tornas feliz perseguindo a felicidade. Tu tornas-te feliz ao viveres uma vida que tem significado” (Harold S. Kushner)
A ideia sobre felicidade está muitas vezes distorcida.
Quantas vezes já pensaste que vais sentir-te finalmente feliz quando fores promovida ou aumentada, quando libertares aqueles quilos que teimam em estar agarrados ao teu corpo, ou quando encontrares o par perfeito para te aquecer os pés à noite?
Quantas vezes já pensaste: ai seu eu “fosse…, tivesse…, pudesse…, fizesse…” ia ser mesmo feliz. Aí sim, eu ia ser feliz.
Sim, é verdade que vais sentir-te feliz por uns tempos quando isso acontecer, sem dúvida que vais, e é maravilhoso que assim seja.
Mas e quando tudo voltar a ser rotina de novo? Vais sentir necessidade de ir atrás de outras coisas que te tragam a tão desejada felicidade. Pode ser uma casa nova, roupa, outra relação, um trabalho novo, um filho…
E quando finalmente alcançares “esse novo” vais sentir-te feliz, por mais uns tempos. Claro que haverá conquistas que te trarão felicidade por mais tempo que outras, mas no fundo todas elas acabarão por, em algum momento, fazer-te sentir que ainda falta qualquer coisa para te sentires totalmente feliz.
Queres que eu te diga porque é que acho que isso acontece?
Porque estás à procura da tua felicidade em algo que é exterior a ti, em vez de a procurares dentro de ti.
“Dentro de mim Alda?! Como assim? Como é que eu encontro a felicidade dentro de mim?”
Respira fundo! Vou explicar-te porque penso assim e contar-te um pouco da minha busca pela felicidade.
Já houve uma altura em que lutava por um aumento, pois isso ia trazer-me muita felicidade; ou desejava o dia em que ia deambular pelas lojas a comprar roupa nova, que durante algum tempo me dava um prazer imenso vesti-la. Também achei que finalmente ia ser feliz quando tivesse uma relação e fosse mãe. Isso trouxe-me dois relacionamentos, que claro que me trouxeram felicidade e muitos bons momentos, mas acabaram por se transformar em algo que não era bom nem para mim, nem para outro.
E sim, um desses relacionamentos trouxe-me um filho, que amo com todas as minhas forças e agradeço todos os dias a bênção de ser sua mãe. O meu filho é sem dúvida um dos meus grandes mestres, a pessoa que mais me fez crescer e ser melhor pessoa todos os dias. Mas não é ele que me trás a minha felicidade.
Porque a felicidade que te estou a falar não é a felicidade efémera, tão promovida atualmente por tudo o que nos rodeia, basta ver 10 minutos de anúncios para percebermos isto!
Não te estou a falar de momentos fugazes de felicidade, que conforme chegam também vão logo embora. Atenção que com isto não estou a dizer que não é bom ter estes momentos de felicidade e alegria. Claro que sim, que são bons e importantes, mas se baseares o teu conceito de felicidade apenas neles, nunca vais conseguir sentir-te verdadeiramente satisfeita e feliz.
A felicidade que te estou a falar é algo mais profundo, que envolve o teu bem-estar físico, mental, emocional e espiritual. Podes também chamar-lhe de paz interior. É quele sentimento de equilíbrio, de alegria só porque estás viva, conectada com a VIDA. Esta felicidade vem de dentro de ti, do teu coração.
Deves estar a pensar: “Mas como raio é que eu faço isso?!”
Deixo-te algumas dicas que podes trabalhar:
✔ percebe que a felicidade não vem do exterior (quer sejam pessoas ou bens materiais);está em constante processo de autoconhecimento. Quanto mais conheces de ti, mais fundo vais e mais vai existir para conheceres (acredita que é mesmo assim!);
✔ aceita-te por inteiro AGORA, neste preciso momento. Com tudo o que amas em ti e com tudo o que não amas em ti (o que não invalida de todo que queiras mudar e melhorar, aliás a vida só tem mesmo sentido se quiseres ser cada vez mais a tua melhor versão);
✔ percebe que só tu és responsável pela tua felicidade (isto pode assustar, mas ao mesmo tempo dá-te poder, pois deixas de depender dos outros);
✔ encontra o teu propósito e cria um vida com mais sentido.
A busca desta felicidade é o que te vai fazer crescer e evoluir, é o que te vai fazer querer ser aquilo que vieste SER, porque está intimamente ligada ao teu propósito de vida. É no teu caminho de autoconhecimento, de trabalhares o teu amor próprio, no teu caminho de desenvolvimento pessoal, que tu vais conseguir chegar a esta felicidade. E por isso é que ela depende de ti e não dos outros!
Deixo-te esta questão para refletires: de que forma tens andado à procura da tua felicidade?
Lembra-te que, seja qual for a tua resposta, foi esse caminho que te trouxe até aqui hoje, que te trouxe a este momento, e este momento pode ser um ponto de viragem para ti. Por isso honra o teu caminho.
E lembra-te também que se precisares de ajuda estou aqui para ti!