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Como conjugar o verbo perdoar

Mar 24, 2021 | Uncategorized | 0 comments

Sabias que o perdão é um presente que dás a ti mesma?

O tema do perdão é dos mais desafiantes para trabalhar, sem dúvida.
Podia escrever um livro sobre isso, mas não é esse o meu objetivo. Quero apenas que percebas a importância do perdão na tua vida, para deixares de estar agarrada ao passado e viveres no presente.

Depois de leres este artigo vais acreditar que é possível libertares esse peso que tens dentro de ti e ficares com o coração mais leve. Vais ver que o amor por ti própria aumenta sempre que consegues libertar e perdoar os outros e a ti própria também.

Para começar, quero dizer-te que perdoar não significa aceitares que foi correto o que te fizeram, não é nada disso.
Perdoar significa que não permites mais que aquilo que te fizeram te perturbe, não permites mais que esse acontecimento/pessoa tenha poder sobre ti.

Podes sentir que há coisas que são impossíveis de perdoar.

Sim, há situações que são bastante desafiantes. Há, de facto, acontecimentos bastante dolorosos, em que é necessário fazermos trabalho de perdão durante algum tempo. Ou então ir trabalhando por fases, tirando uma camada da cebola de cada vez: agora tiras uma camada, daqui a um tempo outra, passado mais algum tempo outra… Vai chegar uma altura que percebes que estás pacificada.

 

Todos nós temos as nossas cebolas.

Eu também tenho as minhas!

Em tempos vivi um relacionamento que não terminou da melhor forma, tendo havido mesmo alguma violência. Durante muito tempo vivi amargurada e revoltada, sempre que pensava nisso vinha ao de cima uma grande raiva. A situação e, por conseguinte, o meu ex-companheiro, ainda tinham poder sobre mim. Quando comecei a fazer o meu trabalho de desenvolvimento pessoal e espiritual, sempre que se trabalhava o perdão, lá aparecia ele!

Fiz muito trabalho sobre esta parte da minha vida, de diferentes formas e em diferentes alturas. Aos poucos fui libertando a raiva e a dor foi passando. Achei que já estava apaziguada, pois quando recordava tudo o que passei já não tinha nenhuma emoção associada, aquilo já não tinha poder sobre mim. Até ao dia em que dei de caras com o meu ex-companheiro e percebi que a cebola ainda tinha uma camada de casca para tirar. Mas achas que fiquei chateada com isso? Não fiquei, pelo contrário, agradeci! Agradeci ter-me sido mostrado o que ainda precisava de trabalhar para não ser a Alda daquele tempo, uma Alda que não se amava e não se respeitava. Portanto, arregacei as mangas e atirei-me ao trabalho de perdão.

 

E se para mim é possível, para ti também é.

Todos temos as nossas cebolas, mas todos as podemos descascar, muitas vezes com umas lágrimas à mistura, mas faz parte do processo de libertação!

 

Por isso é que O PERDÃO É UM PRESENTE PARA TI MESMA. É algo que dás a ti própria, tem muito mais a ver contigo do que com o outro.

Estás a ver aquela pedrinha que tens no sapato, que muitas vezes não dás bem por ela, mas chegas ao fim do dia e percebes que tens uma ferida no pé? Seria só burro não tirar essa pedra do sapato, não achas?!

Com o perdão é exatamente a mesma coisa.
Não te permitires perdoar significa que escolhes caminhar todos os dias com essa pedra no sapato. Quem está a caminhar com a pedra a magoar o pé és tu, não o outro. O outro até pode nem ter noção de que tu andas com essa pedra.

E quando tiras a pedra do sapato mas insiste em colocá-la num saco?!
Chega a um ponto que o saco é enorme, cheio de pedras, umas pequeninas, outras maiores, outras verdadeiros pedregulhos. E lá andas tu, com um saco às costas enorme, que nem Pai Natal. Mas em vez de teres o saco cheio de presentes, tens o saco cheio de velhos ressentimentos.
Achas que consegues viver o presente se insistes em carregar um saco cheio do teu passado? Não achas que é muito fácil avançar mais leve e livre?

 

Não perdoares mantém-te presa ao passado, não te permite viver verdadeiramente o presente e, por conseguinte, não te permite construir o futuro que desejas.

LEMBRA-TE:

– perdoar não significa aceitar que o outro agiu corretamente. Significa que não permites que isso tenha mais poder sobre ti (eu continuo a achar que as ações do meu ex-companheiro foram incorretas, mas ter perdoado significa que não fiquei lá atrás, presa ao passado e a permitir que isso tivesse poder sobre a minha vida no presente);
– perdoar não significa que tens de ficar amiga de quem te magoou. Significa que já não lhe dás mais poder, és tu que a detentora do teu poder;
– perdoar não significa que o outro tem de te pedir desculpa (até porque muitas vezes isso já não é possível). O maior trabalho de perdão é feito no teu coração;
– quem mais ganha com todo este processo és tu!

 

Um dos pontos da filosofia da Louise Hay é: “O perdão abre as portas ao amor”!

A primeira vez que o li não percebi muito bem o que ela queria dizer, confesso. Mas é pura verdade.
Se mantiveres dentro de ti raiva, rancor, ódio, não é possível amares-te verdadeiramente.

“Mas Alda, então para me amar verdadeiramente tenho de deixar de sentir zanga ou raiva quando me fazem mal?”
NÃO! Não é isso que eu estou a dizer. É importante que sintas essas emoções se alguém age contigo de forma incorreta, digo mesmo que é absolutamente necessário. É sinal que te respeitas, que tens consciência que não é suposto aquilo estar a acontecer. O que eu quero dizer é que é preciso libertares essas emoções para que possas dar lugar ao amor. Falei sobre este tema aqui.

Isto leva-nos a outro ponto muito importante sobre o perdão. Sabes qual?
PERDOARES-TE A TI PRÓPRIA!

Muitas vezes a pessoa a quem mais tens de perdoar é a ti mesma.
É o que eu chamo o chicote do “devia”: devia ter feito isto, não devia ter feito aquilo, devia ter mais paciência, não devia gritar com os meus filhos, devia dar mais atenção àquela amiga, devia levantar-me mais cedo, devia ser mais assim, não devia ser tão assado, devia…, não devia…, devia…, não devia…
Faz-te lembrar alguém?!
A mim faz-me: Olá, eu sou a Alda, uma “devia em recuperação”! Hoje com muito mais consciência dos meus devias, de como os trabalhar e, sem dúvida, com muito mais amor por mim própria.

“Mas Alda, como é que eu posso trabalhar o perdão, aos outros e a mim? Isso parece tão difícil…”.
Não te vou mentir, perdoar não é como ligar um interruptor. É um caminho que se vai fazendo.

 

Deixo-te quatro pontos que considero essenciais:

– percebe que é um presente para ti, teres esta consciência é essencial. Como diz a Louise Hay, “nós podemos libertar o passado e perdoar a toda a gente”;
– está disposta a perdoar, verdadeiramente disposta a libertares essas pedras que tens dentro de ti;
– se sentires que não consegues sozinha, pede ajuda;
– trabalha de forma consciente, se decidires que queres mergulhar, não fiques só por molhar o pézinho!

 

E deixo-te ainda uma reflexão: podemos manter-nos a vibrar numa energia de zanga e de ódio ou numa energia de amor. Se decidirmos que queremos vibrar numa energia de amor, como já te disse, não significa que deixamos de sentir raiva, significa que escolhemos acolher essa emoção e libertá-la.
Se todos nós fizermos este trabalho, se cada um de nós se comprometer a elevar a sua energia para uma vibração de amor, já pensaste em que energia o mundo vai começar a vibrar?

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